Faroeste americano, século XIX. Juan
era acusado de cometer um assalto à banco em uma pequena cidade texana que faz
fronteira com o México.
Um pequeno grupo de policiais então
segue as pistas deixadas e chega até uma cidade mexicana fronteiriça. Após
horas, finalmente o grupo encontra e encurrala Juan em um bar da cidade.
O grupo então descobre que Juan
não fala inglês, e por isso, se veem numa situação complicada. Então, um dos clientes
do bar, com um sotaque bastante marcante, informa que poderia fazer a tradução.
O líder grupo então exclama:
- Pergunte a ele aonde está o dinheiro!
Tradução feita, Juan responde:
- Diga a eles que jamais falarei!
Tradução feita, o policial retira sua arma e aponta para
Juan:
- Diga que se ele não disser aonde está o dinheiro, ele
morre.
Tradução feita, Juan totalmente amedrontado e trêmulo diz:
- Eu deixei escondido na ponte, à beira do rio.
O tradutor então diz:
- Juan disse que não tem medo de morrer.
Moral da história: Ao ser o único a saber aonde estava o dinheiro, e sabendo que os policiais provavelmente matariam Juan, o tradutor possuía grandes incentivos a mentir aos policias e fazer o mínimo de esforço para buscar o dinheiro. Isso ilustra a ideia da compatibilidade de incentivos. Para um determinado sistema econômico funcionar, é preciso que agir de forma a fazer o sistema funcionar esteja no interesse das pessoas envolvidas. Resumidamente, incentivos são motivadores de ação, podendo ser cultural, financeiro, filosófico, emocional, etc. Entender os incentivos em dada situação é essencial para uma boa análise econômica.
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